Um jovem de apenas 19 anos morreu após sofrer um acidente de moto em sua rua, em Louveira (SP), e teve morte cerebral em Jundiaí (SP), seus órgãos foram doados para oito pacientes que estavam na fila de espera, no dia primeiro de fevereiro.

Solange Martins Furlan, mãe do menino, explicou ao G1 que havia recebido uma ligação do hospital e eles a comunicaram sobre a situação de Wesley Henrique Furlan, e também sobre a possibilidade de haver a doação de seus órgãos. Após conversar com seu marido, Solange optou por doar, e ajudar aqueles que estavam precisando.

“Chegamos ao acordo que se não tivesse jeito, a gente iria doar, porque pensamos em outras mães e pais sofrendo na fila e precisando de órgão. Se deixasse nele iria ser enterrado, ia ficar na terra, ia se acabar. É uma forma dele continuar vivo e a gente amenizar a dor”

O Hospital explicou de que Wesley estava internado desde o dia 23 de janeiro, por conta do acidente com a moto. A mãe explicou que ele teria pego a moto emprestada de um amigo, próximo a sua casa, mas que acabou perdendo o controle da moto e bateu de cabeça com o muro.

Ele entrou em coma no local em que aconteceu o acidente, tendo também traumatismo. De Louveira, ele foi encaminhado para Jundiaí, onde fez uma cirurgia e ficou internado no hospital.

“Muitas vezes não sabemos como reagir. Na hora da dor, não sabe o que pensar. Mas a gente coloca a cabeça no lugar e pensa na dor do próximo, porque é isso que faz a diferença. A doação de órgãos é o maior ato de amor. A gente está doando vida”, diz Solange.

Wesley trabalhava como auxiliar de produção e comprar uma moto era uma meta, para ter como hobby. Morava com sua mãe e seu pai, mais um irmão, de 14 anos.

Os órgãos foram levados para São Paulo e Campinas para pacientes que estavam aguardando na fila do Ministério da Saúde.

“O coração continua batendo, o olho deu luz para outra pessoa. Tudo a gente para e pensa e conforta nosso coração. Nosso filho se foi, mas está só o corpo [enterrado], porque o coração continua.”

Os profissionais dos hospitais explicaram que possui um grande receio pelas famílias em realizar as doações de órgãos, mas que esse dia poderia ser considerado um dia muito especial. Em 2019, naquele hospital, 11 famílias decidiram realizar a doação de órgãos, e em 2020 mesmo com a pandemia, 10 famílias realizaram as doações.

Fonte indicada e adaptada: G1






Viciado em games, estudante de Educação Física na UFG, pai da Elisa (que ainda está pra nascer) e apaixonado por futebol. Em parceria com minha namorada Mariana, criamos a Carpe Diem com o objetivo de espalhar notícias boas e positivas. sempre antenados com a preservação ambiental.